quarta-feira, 30 de maio de 2012





O que será que será ser mulher e ser mãe?!

Há quem diga que a maternidade é determinada pelo instinto e pelo biológico, ou seja, que conduz, naturalmente,  TODAS às mulheres ao cumprimento deste papel, o papel da "santa-mãezinha", aquela mulher abnegada, devotada e perfeita, fenômeno este conhecido como determinismo biológico; um modelo gerador de culpa e indicativos de imperfeição, aí vem a pergunta:
  - Será que é este caminho que devemos continuar trilhando? Um caminho excludente?

 Será que devemos continuar alimentando esta representação de maternidade?
 Será que estas mulheres estão encontrando espaços para partilharem seus sentimentos e suas atitudes que não  correspondem a este modelo.
 Será que todas as mulheres amam e querem estar grávidas?
 Será que todas as mulheres querem amamentar exclusivamente?
 Será que todas as mulheres devem abandonar seus trabalhos, seus sonhos e seus desejos para serem mães e  esposas  em tempo integral?
 Será que é isso que é ser mãe perfeita? E é essa perfeição que devemos buscar?

Será que devemos nos enquadrar num conjunto verdadeiro, definido e homogêneo , suprimindo convergências, conflitos e divergências sobre as representações de mulher e mãe?

Sinceramente, esses discursos e modelos me preocupam, discursos revestidos de autoridade que se transformam em senso comum e que determinam modelos de maternidade, "a verdadeira e a melhor maternidade", considerando todas as outras formar de agir, sentir e pensar como modelos desviantes e inferiores.

 Eu sugiro uma outra trilha, a trilha do desprendimento e do não-julgamento, a prática da não atribuição de valores do que é " normal e anormal" , dando espaço para que todas as mulheres sintam-se livres para fazerem suas escolhas, sintam-se felizes, sem culpas e inclusas!


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